Paulista é um dos principais fornecedores de maconha para as bocas de fumo da capital. A polícia investiga a informação de que ele teria uma fazenda onde plantaria e prensaria a droga, deixando-a pronta para a comercialização, no entanto os agentes ainda não sabem a localização da propriedade.
Conforme explicou o delegado titular da DRE, Paulo Henrique, as informações passadas por populares foram importante para o êxito da investigação, pois as bocas de fumo naquela região incomodavam os moradores há bastante tempo. “A prisão deverá diminuir consideravelmente a quantidade de maconha circulando nas bocas de fumo da capital”, disse, ao salientar que Paulista era um dos traficantes mais falados no mundo do crime.
A delegacia recebe denúncias sobre o traficante desde 2008 e a partir de então passou a investigá-lo. A prisão dele aconteceu em decorrência da prisão do outro traficante, o Mendigo. Por volta das 20h, as investigações levaram os policiais até a boca de fumo dele, localizada no bairro Senador Hélio Campos. Foram apreendidos um tablete de maconha de cerca de meio quilo, além de 30 trouxinhas de pasta base de cocaína.
Em seguida, os agentes aguardaram o momento em que Paulista iria até esta boca de fumo para fazer uma cobrança, referente ao entorpecente fornecido previamente. Ele foi preso em seguida. Em revista à casa de Paulista, a polícia encontrou tablete semelhante ao encontrado na casa de Mendigo, cerca de 500g de maconha, além de uma arma longa. O acusado mantinha uma serralheria, a qual usava para camuflar a atividade ilícita que exercia. Ele será autuado por tráfico e associação ao tráfico de entorpecente, além de posse ilegal de arma de fogo de uso permitido. A droga estava escondida em pote de ração e só pôde ser detectada com auxílio da equipe do Canil da Guarda Municipal.
Caso a hipótese da plantação de maconha se confirme, ele responderá ainda pelo artigo do Código Penal Brasileiro que veta o plantio de entorpecentes. A Justiça deverá solicitar ainda a preensão e perdimento de todo o material.
CANIL – Para o êxito em localizar a droga escondida na suposta boca de fumo dos acusados, foi fundamental a atuação da cadela Shiva, do Canil da Guarda Municipal de Boa Vista. Com três anos, a cadela da raça pastor de malinois recebeu um treinamento de aproximadamente quatro meses para farejamento de entorpecentes. Além dela, outro cão, um labrador, também está apto para tal atividade. Ao todo o canil da corporação conta com nove cães.
Fonte: Folha de Boa Vista (YANA LIMA)